Recentemente estava ouvindo um podcast no Inteligência LTDA sobre o genocídio armênio, em determinado momento, um dos historiadores participante do podcast solta a seguinte frase de forma irônica “A lógica de um genocídio é, perdemos a batalho não pela incompetência dos generais mas por culpa das minorias marginalizadas que nada tinham haver com a batalha”, talvez a frase não esteja 100% correta mas era algo próximo disso. Quando ouvi isso tive o seguinte pensamento “A nossa incapacidade de gerenciar nossas empresas estaria ligada a incapacidade dos nossos gestores ou dos nossos trabalhadores?”
Cada dia que me embrenho mais no mundo corporativo, percebo o quão a gestão das empresas está cheia de gente incapaz. Isso engloba gerentes, diretores e supervisores, todos com uma falta de capacidade analítica e crítica, ocupando cargos que justamente demandam esse tipo de pensamento. O primeiro sintoma disso é que como os problemas não desaparecem, situações que poderiam ser resolvidas de forma simples, aumentam, e recaem sobre o restante dos funcionários.
Para ser mais específico, quais são esses funcionários? E quais são os problemas? São os trabalhadores do chão de fábrica, os analistas, os assistentes, auxiliares e até aprendizes e estagiários. E os problemas? são as metas absurdas, falta de planejamento, falta de engajamento das equipes… aliado a isso temos uma competição que só aumenta essa pressão que recai sobre os funcionários.
Esses gestores, para solucionar, a falta de ‘cérebro’ acabam recorrendo ao Chat GPT. Sim, cada vez mais o alto escalão está usando modelos LLM’s para realizar suas tarefas que vão desde escrever um e-mail até realizar o planejamento estratégico da empresa. Não sou contra o uso de modelos LLM’s, acho que eles podem ajudar, mas devemos lembrar que aquelas respostas são um amontoados de palavras estatisticamente colocadas, então aquela pergunta que você faz, ele responde o que estatisticamente faria mais sentido ser respondido e não necessariamente porque o modelo ‘pensou’.
Então qual seria a saída? Sinceramente, não sei, mas o primeiro passo seria reconhecer o problema, aceitar que essas pessoas estão ali ocupando cargos chaves e a partir disso pensar soluções